PERGUNTA: - É justificável a atitude de alguns médiuns e espíritas que, durante os passes mediúnicos ou magnéticos, advertem os pacientes para não cruzarem as mãos ou os pés? Porventura não se trata de superstição ou reminiscência de algum rito da prática de magia de outrora?
RAMATÍS: - Se tal prática fosse resultante de qualquer
superstição ou rito de magia, então teríeis que também subestimar todos os
movimentos que os médiuns executam com suas mãos durante os passes, o que fazem
dentro da técnica da magnetoterapia para distribuírem equitativamente as forças
vitalizantes do mundo oculto sobre os plexos nervosos dos enfermos.
Aliás, ainda são poucos os médiuns que possuem uma noção
satisfatória das leis ocultas que disciplinam os polos positivos e negativos
das correntes eletromagnéticas ou eletrobiológicas, que circulam através dos
seres vivos. Os mais ignorantes confundem a técnica dos passes terapêuticos com
as vassouradas que praticam de cima para baixo e de baixo para cima sobre os
enfermos, quando então misturam os fluidos perniciosos com os eflúvios vitais
benéficos. Não sabem praticar a "descarga fluídica" antes dos passes;
não conhecem as leis de dispersão, de fuga ou polarização dos fluidos
perispirituais, e assim praticam toda sorte de equívocos e tolices quanto a
técnica sadia na sua função de passistas, cujos resultados ainda são algo
proveitosos devido à interferência continua das entidades experimentadas do
"lado de cá". Aqui, esses médiuns condensam fluidos revitalizantes
sobre os órgãos congestos; ali, dispersam as forças vitalizantes das regiões
anêmicas dos pacientes; acolá, efetuam passes longitudinais em zonas orgânicas
que pedem apenas uma polarização fluídica. No seu fanatismo cego, muitos
médiuns repudiam os ensinamentos mais valiosos de um tratado esoterista ou de
qualquer compêndio teosófico ou iogue, que lhes facultariam um conhecimento
sensato e sábio ao manusearem as forças ocultas.
Através das oscilações dos pêndulos radiestésicos,
poder-se-á comprovar facilmente que no corpo humano circulam as correntes
eletromagnéticas de natureza positiva ou negativa, quer movendo-se em sentido
longitudinal, transversal ou horizontal, assim como polarizam-se em torno dos
sistemas e dos órgãos físicos. Embora essas forças ocultas escapem à aferição
dos sentidos humanos comuns, elas podem ser identificados pelos médiuns
treinados ou criaturas de psiquismo muito sensível e aguçado.
Eles interpenetram e vitalizam órgãos e sistemas de
sustentação anatomofisiológica do homem, enquanto carreiam-lhe as impurezas
fluídicas e processam as transfusões "etereoastrais" tão necessárias
ao metabolismo perispiritual. Em consequência, desde que se cruzem as mãos ou
pés durante os passes mediúnicos e magnéticos, obviamente fecha-se o circuito
etereomagnético dos próprios fluidos em circulação, e que precisam
retemperar-se na fonte terapêutica do mundo espiritual, retornando depois às
mesmas zonas do corpo humano desvitalizado. Quando o circuito magnético é
fechado termina em polarização, isto é, reflui a energia e cessa o seu contacto
direto entre o paciente e o passista, assim como baixa o tom do magnetismo do
perispírito.
Reduzindo-se a absorvência perispiritual do enfermo, devido
à polarização dos fluidos em efusão, ele deixa de recepcionar as forças doadas
pelos passistas, que não lhe penetram no metabolismo psicofísico e terminam por
dissolver-se no meio ambiente.
DO LIVRO: "MEDIUNIDADE DE CURA" - RAMATÍS/HERCÍLIO
MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.
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