Maricá/RJ,
Mostrando postagens com marcador jesus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador jesus. Mostrar todas as postagens

O HOLOCAUSTO DA VIDA FÍSICA DE JESUS NA TERRA


PERGUNTA: — Desde que Jesus obedeceu a um plano messiânico previamente definido, embora aceito por livre vontade, antes de descer à matéria, orientando-lhe todos os passos e ações para um fim inexorável, houve um certo determinismo quanto à sua crucificação e morte, não é assim?

RAMATÍS: — O determinismo a que Jesus se submeteu consistiu no fatalismo dele aceitar incondicionalmente todos os sacrifícios inerentes à sua tarefa messiânica junto aos homens. O holocausto de sua vida física, motivado pelos conflitos morais e reações dos interesses do mundo, era um epílogo tão admissível ou fato inevitável, como o de alguém ao pretender salvar a sua família cercada pelas labaredas de um incêndio e aceitar resignadamente o fatalismo de morrer queimado entre as chamas. Jesus, portanto, decidira-se mergulhar nas chamas das paixões animalizadas desencadeadas na face da Terra, para salvar a sua família, representada pela própria humanidade!
E' indubitável que, mesmo depois de encarnado e em face de seu livre arbítrio, Jesus tinha o direito de recusar-se a cumprir a tarefa aceita espontaneamente no reino do Espírito. Mas as virtudes de retidão, abnegação e sacrifício absolutos de seu amor ao próximo e além de si mesmo, eram atributos morais de tal superioridade em sua consciência espiritual, que jamais o induziam a fugir de sua missão! Os Mestres do orbe tinham certeza de que a sua graduação sideral e dinâmica espiritual eram garantia suficiente para fazê-lo cumprir integralmente a vontade do Senhor na face da Terra!
Jesus, seus discípulos, apóstolos e fiéis amigos atuaram no momento exato e decisivo, da necessidade psicológica dos terrícolas, de acordo com a visão dos Mestres siderais e em consonância com o ambiente moral, social e religioso da época. Todos os espíritos ligados ao Mestre Nazareno e participantes do advento do Cristianismo eram peças escolhidas com a devida antecedência visando a mais proveitosa movimentação no plano redentor da humanidade. Mas embora se tratasse de entidades submissas ao compromisso de sacrificarem a própria vida, na carne, em benefício da redenção humana planejada por Jesus, a sua graduação moral e espiritual não os livrava de certas deficiências próprias do espírito humano, e de modo algum podiam igualar-se à fulguração sideral do Espírito de Jesus!

PERGUNTA: — Mas é evidente que se a divulgação do Cristianismo na Terra ficou adstrita a um prazo determinado, isso confirma a existência de um plano irrevogável do Alto. Não é assim?

RAMATÍS: — Realmente, o plano da obra liderada por Jesus era ''irrevogável"; e jamais deveria ser modificado após a convocação antecipada de seus cooperadores e do seu ajuste aos destinos humanos na face do orbe. Era algo parecido com um jogo de xadrez esquematizado com a devida antecedência, onde qualquer movimento precipitado ou diferente das peças marcadas no esquema causaria modificações e novos reajustes.
Mas, apesar do plano do Cristianismo ser irrevogável, os seus elementos eram livres e podiam recuar ou alterar suas posições mesmo na hora de sua comprovação espiritual no esquema traçado pelo Alto. Sem dúvida, as suas figuras de maior realce na obra cristã, como Pedro, João, Paulo, Batista, Maria de Magdala, Tome, Mateus, José, Maria, José de Arimatéia, Tiago Maior e Tiago, filho de Alfeu, deveriam cumprir a promessa feita antes de suas encarnações, a fim de não desorientarem o rumo messiânico de Jesus. A obra cristã não exigia gestos, atitudes estandardizadas ou abdicação das vontades humanas em face do seu rumo fatalista, mas requeria a manifestação das qualidades e dos sentimentos naturais dos seus participantes como um testemunho moral superior e de garantia no futuro.
Também não se tratava de um "enredo teatral" exigindo de cada personagem a sua entrada no momento propício e conforme a "deixa" do diretor; mas, em verdade, Jesus convocara espíritos amigos e heroicos, para testemunharem livremente em favor do Cristianismo. Mas todos eram livres em suas ações; e a prova disso é que alguns não se mantiveram à altura do seu compromisso espiritual na hora de sua ação; outros recuaram, amedrontados, bem antes do seu testemunho.
O próprio colégio apostólico estremeceu na hora trágica da prisão e da crucificação do Mestre Jesus; Pedro, interrogado pelos esbirros do Sinédrio, negou a sua condição de discípulo; Tiago, filho de Alfeu, precipitou-se para a primeira sinagoga e ali se pôs a orar de janelas abertas, numa demonstração de fé veemente a Moisés; Simão Cananeu e Bartolomeu sumiram de Jerusalém; Tome, Felipe e Alfeu cautelosamente buscaram abrigo em casa amiga; Judas já havia se comprometido pelos seus ciúmes e imprudências, servindo de cobaia estúpida aos objetivos maquiavélicos do Sinédrio. Mesmo Gamaliel e Nicodemus, que também deviam participar direta e corajosamente do movimento cristão, cumprindo-lhes o dever precípuo de anotarem os acontecimentos da vida de Jesus para a segurança histórica dos vossos dias, mal deram seus testemunhos em rápidos diálogos e contatos com o Mestre. Os próprios irmãos de Jesus, filhos de Débora e de Maria, eram espíritos incluídos solidamente no esquema do Cristianismo, devendo cercá-lo de uma aura fraterna e afetiva, compensadora das dores do mundo profano. No entanto, afora Tiago, irmão de Maria, fervoroso e confiante; suas irmãs Elisabete e Ana, meigas e amorosas; e Eleazar, filho de Débora, sempre contemporizador; e Tiago, o menor, que chegou a acompanhá-lo nos últimos momentos, os demais irmãos lhe foram hostis. Efrain, o mais rico de todos, chegou a insultá-lo em público, alegando que Jesus não passava de um maníaco comprometendo a própria família com suas ideias perturbadas!
Assim, os Mentores do Orbe ainda tiveram de efetuar alguns acertos, reajustes de última hora e afastar elementos estranhos e perigosos à integridade espiritual da obra cristã, pois só cuidavam dos seus interesses pessoais. No entanto, Jesus conseguiu cumprir o empreendimento messiânico a contento do Alto. E' certo que ele seria fatalmente sacrificado, independente da atitude vil de um Judas, da conveniência política de Pôncio Pilatos, do ódio de Caifaz, e da imprudência sediciosa dos seus próprios discípulos em Jerusalém. Sem dúvida, outros homens do mesmo tipo psicológico, poderosos e corruptos, perseguiriam e crucificariam Jesus, logo que ele lhes fosse entregue indefeso. Porém, Jesus não sabia em "consciência física", qual seria o clímax de sua vida na Terra, embora jamais cessasse o chamado oculto e insistente que se fazia em sua alma, superando-lhe os prazeres da carne e extinguindo- lhe o desejo, por quaisquer bens do mundo.
Era um apelo misterioso e implacável, que lhe despertava um estranho júbilo e o tornava venturoso à perspectiva do martírio em favor do gênero humano. Jamais ele temeu a morte e considerava-se feliz sacrificando-se pela ventura alheia.
Mas depois que se fez discípulo de João Batista e submeteu-se ao batismo no rio Jordão, ele sentiu mais fortemente aquela ansiedade oculta conjugada ao seu Ideal. Ante as sentenças e os anátemas severos que João Batista proferia em suas pregações contra os ricos e os poderosos, censurando os pecados, as paixões e os vícios que mortificam a alma e afastam o homem de Deus, Jesus então percebeu as linhas fundamentais do roteiro que também sonhava realizar na Terra. Jamais opunha dúvida àquela "voz oculta" que o advertia no âmago do ser, instigando-o a uma campanha superior no mesmo estilo das ideias proclamadas por Batista. E então dissiparam todas as suas vacilações e dúvidas.
Porventura ele seria realmente o Cristo (1) tão esperado, conforme lhe dissera João Batista e ouvia das confabulações misteriosas dos seus apóstolos? Mas Jesus, além de ser um Anjo era um Sábio, cuja humildade jamais convenceria de ser o Messias esperado, o Cristo ou o Filho de Deus predito pelos profetas do Velho Testamento. Só os homens cabotinos, sem o senso crítico da noção psicológica que esclarece a mente, é que se arvoram ostensivamente em salvadores dos povos, líderes fanáticos ou eleitos divinos, antes de cumprirem qualquer realização sadia e nobre que os exalte de modo excepcional.
(1) Realmente, Cristo é palavra grega que também equivale a Messias, o Esperado, o Enviado de Israel. Vide João, cap. I, vs. 34 a 41: "E eu o vi, e dei testemunho de que ele é o Filho de Deus". — "Temos achado o Messias (que quer dizer o Cristo)".
Contudo, Jesus ainda ignorava que a poderosa "Voz Oculta" que o impelia estoicamente para a renúncia de sua própria vida em favor do gênero humano, provinha do próprio Cristo Planetário, que a partir da cena do batismo, no rio Jordão, atuava-lhe cada vez mais intimamente fortalecendo-lhe a alma para qualquer desiderato trágico no desempenho de sua missão (2). Dali por diante o Mestre Nazareno firmou-se na caminhada pelo mundo e se deixou conduzir confiante e jubiloso na consecução da obra cristã, em perfeita sintonia com a sua vocação espiritual.
Entregou-se decididamente à pregação da Boa Nova e do "Reino de Deus" e suas palavras e pensamentos saíam-lhe dos lábios num influxo tão intenso e caloroso, que seduziam as criaturas mais ferinas e produziam renovações instantâneas nos seus ouvintes! Muitas vezes ele sentiu-se desligado da própria carne, embriagando-se na efusão espiritual venturosa, que lhe envolvia a alma heroica, assim como lhe acontecera durante o "Sermão da Montanha" e na "Transfiguração" do Monte Tabor.
Deste modo, embora Jesus não tivesse certeza absoluta do fim trágico de sua existência, ele pressentia a necessidade de um sacrifício, que seria o corolário sublime de sua vida.

DO LIVRO: "O SUBLIME PEREGRINO" RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO - 17ª edição.

Jesus e sua descida à Terra


PERGUNTA: — A fim de Jesus de Nazaré, elevado instrutor espiritual, conseguir baixar à Terra e encarnar entre nós, houve necessidade de providências excepcionais, ou tal acontecimento obedeceu somente às mesmas leis comuns que regulam a encarnação dos espíritos em geral?

RAMATÍS: — O nascimento de “Avatares” ou de altas entidades siderais no vosso orbe, como Jesus, exige a mobilização de providências incomuns por parte da técnica transcendental, cujas medidas ainda são ignoradas e incompreendidas pelos terrícolas. 
É um acontecimento previsto com muita antecedência pela Administração Sideral, pois do seu Evento resulta uma radical transformação no seio espiritual da humanidade. Até a hora de espírito tão elevado vir à luz no mundo terreno, devem ser-lhe assegurados todos os recursos de defesa e assistência necessários para o êxito de sua “descida vibratória”.
Aliás, para cumprir a missão excepcional no prazo marcado pelo Comando Superior, o plano de sua encarnação também prevê o clima espiritual de favorecimento e divulgação de sua mensagem na esfera física. Deste modo, encarnam-se com a devida antecedência, espíritos amigos, fiéis cooperadores, que empreendem a propagação das ideias novas ou redentoras, recebidas do seu Magnífico Instrutor, em favor da humanidade sofredora. Jesus foi um “Avatar”, ou seja, uma entidade da mais alta Estirpe sideral já liberada da roda exaustiva das reencarnações Educativas ou expiatórias.
Em consequência, a sua encarnação não obedeceu às mesmas leis próprias das encarnações comuns dos Espíritos primários e atraídos à carne devido aos recalques da predominância do instinto animal. Os espíritos demasiadamente apegados à matéria não encontram dificuldades para a sua reencarnação, pois em si mesmos já existe a força impetuosa do “desejo” impelindo-os para a carne.
No entanto, Jesus, o Sublime Peregrino, ao baixar à Terra em missão sacrificial e sem culpas a redimir, para facilitar o seu ligamento com a matéria, viu-se obrigado a mobilizar sua vontade num esforço de reviver ou despertar na sua consciência o desejo de retorno à vida física, já extinto em si há milênios e milênios. A fim de vencer a distância vibratória existente entre o seu fulgente reino angélico e o mundo terreno sombrio, ele empreendeu um esforço indescritível de “auto redução”, tão potencial quanto ao que um raio de Sol teria de exercer em si mesmo para conseguir habitar um vaso de barro. Os espíritos inferiores são arrastados naturalmente pelos recalques dos “desejos” que os impele para a vida carnal, e assim ligam-se à matriz uterina da mulher, obedecendo apenas a um imperativo ou instinto próprio da sua condição ainda animalizada. Jesus já se havia libertado. E então, para alcançar a matéria na sua expressão mais rude, teve de submeter-se a um processo de abaixamento vibratório perispiritual, de modo a ajustar-se ao metabolismo biológico de um corpo carnal.
Jesus não poderia ligar-se, de súbito, à substância grosseira da carne, antes que a Ciência Divina lhe proporcionasse o ensejo Favorável e as providências indispensáveis para uma graduação de ajuste à frequência comum da Terra.

LIVRO: "O SUBLIME PEREGRINO" RAMATÍS/HERCÍLIO MAES - EDITORA DO CONHECIMENTO.

Jesus


O GEID é seguidor fiel de Jesus, o divino mestre, iniciador da doutrina do Cristo. Para entendermos um pouco melhor Jesus, reportamo-nos ao Livro dos Espíritos. 
Pergunta 625: “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?”

Resposta: “Jesus. Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava."
Jesus Cristo é o Messias divino e sua palavra é a verdade. O Espiritismo apenas admite o seu caráter humano, e isso em nada pode ser tomado como absurdo. Rejeitando o dogma da divindade de Jesus, o Espiritismo nega somente o que resultou da elaboração de mentes humanas (ratificada apenas no Concílio de Nicéia, em 325 d.C.) na composição de uma teologia que expressa, nesse particular como em muitos outros, uma posição contrária ao pensamento do próprio Cristo, uma vez que ele mesmo se coloca em posição de inferioridade em relação a Deus, subordinado a Ele, e se declarando como Seu enviado.

Em se declarando, de forma totalmente espontânea, inferior a Deus e como sendo o Seu enviado, nos chega a certeza de que ele sabia o que seria feito pelo homem mais a frente e, por isso, tratou de ser enfático neste ponto.

Um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, para elucidar o que Jesus representa para os espíritas: “mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humano.”
Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus, veio cumpri-la, quer dizer, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. Por isso é que se nos depara, nessa lei, o principio dos deveres para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. Quanto às leis de Moisés, propriamente ditas, ele, ao contrário, as modificou profundamente, quer na substancia, quer na forma. Combatendo constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, por mais radical reforma não podia fazê-las passar, do que as reduzindo a esta única prescrição: "Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo", e acrescentando: “aí estão a lei toda e os profetas.”

JESUS e o CRISTO

Jesus é, segundo Ramatis, personalidade humana de altíssimo gabarito espiritual, o médium do Cristo: “Jesus de Nazaré não é especificamente o Cristo, ou Deus, mas o sublime médium, o mais qualificado representante da Divindade na face da Terra, a fim de transmitir a mensagem libertadora do Evangelho! O Espírito que conhecemos por Jesus de Nazaré, o melhor homem do mundo, viveu trinta anos sob a mais intensa atividade “psico-física”, a fim de esmerar-se até alcançar a hipersensibilidade para sentir o espírito planetário em si. Mas, por tratar-se de entidade de alto gabarito psíquico, Jesus despendeu mais de mil anos do calendário terreno, para conseguir reduzir a sua vibração e atingir uma freqüência compatível da organização carnal de um homem à superfície da Terra!”

“Em verdade, o Cristo, o Divino Logos ou Espírito Planetário da Terra é anterior à existência de Jesus de Nazaré! Embora entre os religiosos dogmáticos e espiritualistas adventistas, inclusive mesmo a maioria dos espíritas considere heresia ou blasfêmia, que Jesus é uma entidade humana e o Cristo, o Logos, o elemento Divino de que foi medianeiro, esta é a verdade impossível de ser deturpada ou desmentida.

O Cristo é uma entidade arcangélica, o Logos Planetário Terráqueo ou o Espírito Crístico da Terra, cuja elevada freqüência vibratória o torna impossibilitado de qualquer ligação ou atuação direta nas formas dos mundos materiais. Daí o motivo da Técnica Sideral ter escolhido o espírito de Jesus de Nazaré, entidade de elevado gabarito espiritual, e ainda capaz de atuar na face da Terra e portadora das condições de transmitir o pensamento do Espírito Planetário neste repositório didático que é o Evangelho!”

O Livro dos Espíritos – Alan Kardec
Evangelho Segundo Espiritismo - Alan Kardec
O Evangelho à Luz do Cosmo - Ramatis

Allan Kardec


Nascido em Lyon, França, no dia 3 de outubro de 1804 e desencarnado em Paris, no dia 31 de março de 1869.

Muito se tem escrito sobre a personalidade de Allan Kardec, existindo mesmo várias e extensas biografias sobre a sua obra missionária.

É sobejamente conhecida a sua vida anteriormente ao dia 18 de abril de 1857, quando publicou a magistral obra "O Livro dos Espíritos", que deu início ao processo de codificação do Espiritismo.

Nesta súmula biográfica, procuraremos esboçar alguns informes sobre a sua inconfundível personalidade, alguns deles já do conhecimento geral.

O seu verdadeiro nome era Hippolyte-Léon-Denizard Rivail. "Hippolite" em família; "Professor Rivail" na sociedade e "H-L-D. Rivail" na literatura era, desde os 18 anos mestre colegial de Ciências e Letras, e, desde os 20 anos renomado autor de livros didáticos. Suas obras espíritas foram escritas com o pseudônimo de Allan Kardec.

Destacou-se na profissão para a qual fora aprimoradamente educado na Suíça, na escola do maior pedagogo do primeiro quartel do século XIX, de fama mundial e até hoje paradigma dos mestres: João Henrique Pestalozzi. E, em Paris, sucedeu ao próprio mestre.

Allan Kardec contava 51 anos quando se dedicou à observação e estudo dos fenômenos espíritas, sem os entusiasmos naturais das criaturas ainda não amadurecidas e sem experiência. A sua própria reputação de homem probo e culto constituiu o obstáculo em que esbarraram certas afirmações levianas dos detratores do Espiritismo. Dois anos depois, em 1857, divulgava "O Livro dos Espíritos". Em 1858 iniciava a publicação da famosa "Revue Spirite". Em 1861 dava a lume "O Livro dos Médiuns". Em 1864 aparecia "O Evangelho segundo o Espiritismo"; seguido de "O Céu e o Inferno" em 1865. Finalmente, em 1868 "A Gênesis Os Milagres e as Predições", completava o pentateuco do Espiritismo.

Na ingente tarefa de codificação do Espiritismo, Allan Kardec contou com o valioso concurso de três meninas que se tornaram as médiuns principais no trabalho de compilação de "O Livro dos Espíritos": Caroline Baudin, Julie Baudin e Ruth Celine Japhet. As duas primeiras foram utilizadas para a concatenação da essência dos ensinos espíritas e a última para os esclarecimentos complementares. Ultimada a obra e ratificados todos os ensinamentos ali contidos, por sugestão dos Espíritos, Allan Kardec recorreu a outros médiuns, estranhos ao primeiro grupo, dentre eles Japhet e Roustan, médiuns intuitivos; a senhora Canu, sonâmbula inconsciente; Canu, médium de incorporação; a Sra. Leclerc, médium psicógrafa; a Sra. Clement, médium psicógrafa e de incorporação; a Sra. De Pleinemaison, auditiva e inspirada; Sra. Roger, clarividente; e Srta. Aline Carlotti, médium psicógrafa e de incorporação.

Escrevendo sobre a personalidade do ínclito mestre, o emérito Dr. Silvino Canuto Abreu afirmou o seguinte: "De cultura acima do normal nos homens ilustres de sua idade e do seu tempo, impôs-se ao geral respeito desde moço. Temperamento infenso à fantasia, sem instinto poético nem romanesco, todo inclinado ao método, à ordem, à disciplina mental, praticava, na palavra escrita ou falada, a precisão, a nitidez, a simplicidade, dentro dum vernáculo perfeito, escoimado de redundâncias.

De estatura meã, apenas 165 centímetros, e constituição delicada, embora saudável e resistente, o professor Rivail tinha o rosto sempre pálido, chupado, de zigomas salientes e pele sardenta, castigado de rugas e verrugas. Fronte vertical comprida e larga, arredondada ao alto, erguida sobre arcadas orbitárias proeminentes, com sobrancelhas abundantes e castanhas. Cabelos lisos e grisalhos, ralos por toda a parte, falhos atrás (onde alguns fios mal encobriam a larga coroa calva da madureza), repartidos, na frente, da esquerda para a direita, sem topetes, confundidos, nos temporais, com as barbas grisalhas e aparadas que lhe desciam até o lóbulo das orelhas e cobriam, na nuca, o colarinho duro, de pontas coladas ao queixo. Olhos pequenos e afundados, com olheiras e pápulas. Nariz grande, ligeiramente acavaletado perto dos olhos, com largas narinas entre rictos arqueados e auteros. Bigodes rarefeitos, aparados à borda do lábio, quase todo branco. Pera triangular sob o beiço, disfarçando uma pinta cabeluda. Semblante severo quando estudava ou magnetizava, mas cheio de vivacidade amena e sedutora quando ensinava ou palestrava. O que nele mais impressionava era o olhar estranho e misteriosos, cativante pela brandura das pupilas pardas, autoritário pela penetração a fundo na alma do interlocutor. Pousava sobre o ouvinte como suave farol e não se desviava abstrato para o vago senão quando meditava, a sós. E o que mais personalidade lhe dava era a voz, clara e firme, de tonalidade agradável e oracional, que podia mesclar agradavelmente desde o murmúrio acariciante até as explosões de eloqüência parlamentar. Sua gesticulação era sóbria, educada. Quando distraído, a ler ou a pensar, confiava os "favoris". Quando ouvia uma pessoa, enfiava o polegar direito no espaço entre dois botões do colete, a fim de não aparentar impaciência e, ao contrário, convencer de sua tolerância e atenção. Conversando com discípulos ou amigos íntimos, apunha algumas vezes a destra no ombro do ouvinte, num gesto de familiaridade. Mantinha rigorosa etiqueta social diante das damas."

Pelo seu profundo e inexcedível amor ao bem e à verdade, Allan Kardec edificou para todo o sempre o maior monumento de sabedoria que a Humanidade poderia ambicionar, desvendando os grandes mistérios da vida, do destino e da dor, pela compreensão racional e positiva das múltiplas existências, tudo à luz meridiana dos postulados do ninfo Cristianismo.

Filho de pais católicos, Allan Kardec foi criado no Protestantismo, mas não abraçou nenhuma dessas religiões, preferindo situar-se na posição de livre pensador e homem de análise. Compungia-lhe a rigidez do dogma que o afastava das concepções religiosas. O excessivo simbolismo das teologias e ortodoxias, tornava-o incompatível com os princípios da fé cega.

Situado nessa posição, em face de uma vida intelectual absorvente, foi o homem de ponderação, de caráter ilibado e de saber profundo, despertado para o exame das manifestações das chamadas mesas girantes. A esse tempo o mundo estava voltado, em sua curiosidade, para os inúmeros fatos psíquicos que, por toda a parte, se registravam e que, pouco depois, culminaram no advento da altamente consoladora doutrina que recebeu o nome de Espiritismo, tendo como seu codificados, o educador emérito e imortal de Lyon.

O Espiritismo não era, entretanto, criação do homem e sim uma revelação divina à Humanidade para a defesa dos postulados legados pelo Meigo Rabi da Galiléia, numa quadra em que o materialismo avassalador conquistava as mais pujantes inteligências e os cérebros proeminentes da Europa e das Américas.

A primeira sociedade espírita regularmente constituída foi fundada por Allan Kardec, em Paris, no dia 1o. de abril de 1858. Seu nome era "Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas". A ela o codificador emprestou o seu valioso concurso, propugnando para que atingisse os nobilitantes objetivos para os quais foi criada.

Allan Kardec é invulnerável à increpação de haver escrito sob a influência de idéias preconcebidas ou de espírito de sistema. Homem de caráter frio e severo, observava os fatos e dessas observações deduzia as leis que os regem.

A codificação da Doutrina Espírita colocou Kardec na galeria dos grandes missionários e benfeitores da Humanidade. A sua obra é um acontecimento tão extraordinário como a Revolução Francesa. Esta estabeleceu os direitos do homem dentro da sociedade, aquela instituiu os liames do homem com o universo, deu-lhe as chaves dos mistérios que assoberbavam os homens, dentre eles o problema da chamada morte, os quais até então não haviam sido equacionados pelas religiões. A missão do ínclito mestre, como havia sido prognosticada pelo Espírito de Verdade, era de escolhos e perigos, pois ela não seria apenas de codificar, mas principalmente de abalar e transformar a Humanidade. A missão foi-lhe tão árdua que, em nota de 1o. de janeiro de 1867, Kardec referia-se as ingratidões de amigos, a ódios de inimigos, a injúrias e a calúnias de elementos fanatizados. Entretanto, ele jamais esmoreceu diante da tarefa.

Fonte: site www.espirito.org.br

Ramatis


É um espírito provindo de outras latitudes siderais (Sirius), já tendo reencarnado no planeta Marte. Faz parte da elevada hierarquia terrestre que assessora o Mestre Jesus em seu projeto de evolução desta humanidade.
Por amor a ela, reencarnou várias vezes, no seio de várias raças, sendo lembrado como insigne instrutor em diversas tradições e mestre de discípulos.
É propósito de Ramatís a difusão do Conhecimento Eterno, unindo as tradições espirituais do Oriente e do Ocidente, para auxiliar no despertamento da consciência da humanidade.
A tônica de seu ensinamento é o universalismo – o reconhecimento e aceitação de todos os caminhos espirituais dos homens, considerando que “as religiões são meios, não fins em si mesmas”.
É característica de sua obra, que veio à luz no Brasil desde meados do século XX, trazer conhecimentos avançados e inéditos, levantar em vários pontos o “véu de Isis” que recobre as realidades do Cosmo e da vida humana.
A linguagem de Ramatís é simples, lógica e cristalina mesmo ao abordar os temas transcendentais mais complexos. Distancia-se da retórica complicada e de construções obscuras: é um instrutor por excelência, dedicado a fazer compreender. Não se dedica a dizer o que já foi dito, informar o que já se sabe; prima por conduzir o leitor a novos patamares de consciência e horizontes mentais mais amplos, descolando-nos de pontos de vista estreitos e estratificados pelo hábito, a respeito da vida humana e do espírito imortal.

Algumas vidas
Na Atlântida, Ramatís era mestre dos Templos da Luz, e foi contemporâneo, numa existência, do Espírito que mais tarde seria conhecido como Allan Kardec.
“Foi Phanuh, o Peregrino, há 28.000 mil anos, na Atlântida, e Ben Sabath, mago famoso na Caldéia; depois Shy-Ramath, grão-sacerdote no Egito; mais tarde Pitágoras, na Grécia, e Phylon de Alexandria, no tempo de Jesus” , informa Hercílio Maes,(1) seu primeiro médium.

Indochina – Século X d.C.
“Ramatís viveu na Indochina, no século X, e foi instrutor em um dos inumeráveis santuários iniciáticos da Índia. Foi filho de uma vestal chinesa que abandonou o convento para casar com um tapeceiro hindu, Era de inteligência fulgurante e desencarnou bastante moço, com 33 anos. Espírito muito experimentado nas lides reencarnacionistas, já se havia distinguido no século IV, tendo participado do ciclo ariano, nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema hindu Ramaiana.(2) Foi adepto da tradição de Rama, naquele época.
Os que leem as mensagens de Ramatis e estão familiarizados com o simbolismo do Oriente, bem sabem o que representa o nome “Rama-tys” ou Swami Sri Rama-tys”, como era conhecido nos santuários da época.
Informa-nos Ramatís que, após certa disciplina iniciática a que se submetera na China, fundou um pequeno templo iniciático na Índia, à margem da estrada principal que se perdia no território chinês.
O templo que fundou foi erguido pelas mãos de seus primeiros discípulos e admiradores. Cada pedra da alvenaria recebeu o toque magnético e pessoal de seus futuros iniciados. Alguns deles estão reencarnados atualmente em nosso mundo, e já reconheceram o antigo mestre Ramatís através desse toque misterioso, que não pode ser explicado a contento na linguagem humana. Sentem-no por vezes, e de tal modo, que as lágrimas lhes afloram aos olhos, num longo suspiro de saudade!
Embora tenha desencarnado ainda moço, Ramatís pôde aliciar setenta e dois discípulos. Eram adeptos provindos de diversas correntes religiosas e espiritualistas do Egito, da Índia, da Grécia, da China e até da Arábia. Apenas dezessete conseguiram envergar a simbólica “túnica azul” e alcançar o último grau daquele ciclo iniciático.
A não ser vinte e seis adeptos que estão no Espaço (desencarnados) cooperando nos labores da “Cruz e do Triângulo”, o restante disseminou-se pelo nosso orbe. Sabemos que dezoito reencarnaram no Brasil; seis nas três Américas, enquanto que os demais se espalharam pela Europa e, principalmente, pela Ásia” (Mensagens do Astral, Editora do Conhecimento).

Pitágoras de Samos – Século V a.C.
Como Pitágoras, deixou um legado ímpar para a espiritualidade do Ocidente, trazendo para a Grécia os ensinamentos iniciáticos do Egito e da Caldéia. Nesse época, fundou uma Escola famosa, em Crotone (sul da Itália, à época chamada de Magna Grécia), onde conduzia discípulos para os caminhos iniciáticos. Sua tradição inspirou seguidores ao longo dos séculos, na Europa (neopitagóricos). Além da reencarnação, da evolução e do carma, e todos os conhecimentos da Sabedoria Oculta, os preceitos pitagóricos se caracterizavam por um modelo de vida pura, simples, fraternidade irrestrita entre seus membros, disciplina no falar, e vegetarianismo. Pitágoras era conhecido pelo profundo amor e compaixão pelos animais. Não deixou obra escrita; alguns discípulos deixaram registros de sua doutrina.

Filon de Alexandria – 20 a.C.
Viveu como o filósofo judeu Filon de Alexandria, ao tempo de Jesus. Deixou extensa obra escrita, tecendo correlação entre os preceitos da Sabedoria Oculta e a tradição esotérica hebraica, sendo conhecido como o primeiro pensador a aproximar os textos bíblicos às categorias filosóficas ocidentais. Foi à Palestina encontrar-se com o Mestre Nazareno, e conviveu com Ele, discípulos, família e seguidores. Daí resultam as informações, inigualáveis por qualquer outra obra, que pôde fornecer no livro O Sublime Peregrino, descrevendo a figura e a trajetória do Mestre Jesus, incluindo sua infância, os aspectos desconhecidos de sua família, ensinos e milagres, seu julgamento, morte e o destino de seu corpo físico.

Haiawatha – Entre os peles-vermelhas – América do Norte, II Milênio d.C.
Muito mais tarde, já em meados do segundo milênio, Ramatís reencarnou entre os peles-vermelhas da América do Norte – descendentes dos atlantes emigrados em priscas eras – e reuniu povos e tribos numa Confederação de paz, que a História oficial registra, sem entretanto conhecer-lhe a toda a realidade.(3) Seu projeto de um governo único para o planeta e confraternização de todos os povos e raças da terra irá desabrochar no Terceiro Milênio, após a Transição Planetária.

Mestre Kutumi
“Atualmente, ainda opera como mestre nas tarefas dos teosofistas, conhecido como Koot-Humi (Mestre Kutumi)”(4) Foi portanto Ramatís, sob a figura desse Mestre da Fraternidade Branca, quem inspirou a teosofia, eminente movimento espiritualista que, colateral ao espiritismo, empenhou-se em trazer para o Ocidente os milenares conhecimentos iniciáticos do Oriente. A literatura teosófica é ampla fonte de conhecimentos espiritualistas acessíveis ao leitor ocidental.

Reencarnação no Brasil
É informação de Hercílio Maes, também, que Ramatís irá reencarnar novamente, no Brasil do Terceiro Milênio: “…sua missão completar-se-á no ano 2300, quando ele reencarnará no Brasil, para reunir todos os discípulos…”.(5) De acordo com informação de Norberto Peixoto, médium atual de Ramatís, esse prazo, da reencarnação de Ramatís no Brasil, deverá ser um pouco encurtado.
Hercílio Maes informou que nessa encarnação, ele irá fundar uma instituição universalista e iniciática no Planalto Central.

(1)Simplesmente Hercílio, de Mauro Maes, p. 78 da 1º ed., Editora do Conhecimento.
(2) No poema hindu Ramaiana, o feliz casal Rama e Sita é símbolo iniciático dos princípios masculino e feminino. Unindo-se Rama e atis, ou seja, Sita ao inverso, então resulta Ramaatis, como realmente se pronuncia em indochinês. (Nota do Revisor em Mensagens do Astral)
(3) Vide a obra Haiawatha, Editora do Conhecimento.
(4) Entrevista de Hercílio Maes à revista Manchete, in Simplesmente Hercílio, pág. 143 da 1ª ed., Editora do Conhecimento
(5) Simplesmente Hercílio, p.88 da 1ª ed., Editora do Conhecimento

Fonte:https://aframramatis.org/